terça-feira, 29 de abril de 2008

Londres.
Já não vou à muito tempo, tento descrever o que me lembro…

Londres é uma cidade única. Bem, na verdade toda cidade é única. A diferença é que esta é uma cidade onde o inovador e o ousado caminham na mesma calçada que o tradicional e o imutável, parecem conviver em paz. Uma caminhada por Londres revela cabelos de todas as cores, roupas de todos os estilos, executivos de cartola e guarda chuva no braço, soldados vestidos como no tempo de Henrique VIII, carruagens reais, indianos, árabes, tribos punks, darks e simpáticas velhinhas que se reúnem para o chá das 5.
Londres não é uma cidade que cause amor à primeira vista. Ela é como aquela paixão que nasce aos poucos, sem se dar conta, e que de repente, quando nos apercebemos, não sai mais do pensamento. Londres não tem largas avenidas, o trânsito é terrível, e o clima não é exactamente ensolarado. Mas quem se dispuser a conhecer a cidade a fundo, vai descobrir um lugar de vida pulsante, super animado, repleto de boas atracções, e uma infinidade de programas de todos os tipos, para todos os gostos. E descobrir também que aquela história de povo frio e indiferente não passa de uma lenda.

As tradicionais construções feitas totalmente de tijolos são uma das marcas registadas da cidade, e podem ser vistas em todo lugar, com suas janelinhas e cortinas de renda branca. Em certos bairros tem-se a nítida impressão de ter voltado no tempo e estar a passear no século 19. Todo passeio em Londres deve incluir a Oxford Street, o centro do centro, coração comercial de Londres, com lojas de todo tipo, e um movimento frenético. O detalhe que a torna ainda mais especial é as filas dos tradicionais autocarros vermelhos, que vão daí para todos os pontos da cidade. As cabines telefónicas vermelhas, presentes em toda cidade, são mais uma das tradições de Londres, e é quase impossível passar em frente a uma delas sem tirar uma foto. Hoje em dia, o que mais se vê pela cidade são pessoas e seus telemóveis, mesmo assim elas continuam firmes nos seus postos. Como curiosidade, se alguém estiver a procura de companhia em Londres, bastará entrar numa destas cabines e consultar uma das dezenas de cartões que sempre forram suas paredes internas.
Londres é repleta de excelentes museus. Deve-se começar pelo British Museum, um dos mais famosos do mundo e grátis. Depois até o Imperial War Museum, onde há sempre exposições históricas, e conheçer os foguetes V1 e V2, que durante a 2a grande guerra, eram lançados na cidade pelos nazistas.
Uma trinca imperdível de museus é formada pelo Victoria & Albert Museum (tesouros, peças históricas, e exposições com objetos antigos de várias civilizações), Natural History Museum (história natural), e Science Museum (dedicado a todos os ramos da ciência e tecnologia). Os três museus são quase ao lado um do outro, e merecem um dia inteiro para visitar com calma.
E não deixar de visitar também o incrível Museu de Cera de Madame Tussaud, onde estão figuras de cera de diversas personalidades conhecidas. Elas são tão perfeitas que só faltam falar, por isso não esquecer a máquina para tirar fotos ao lado dos Beatles, Henrique VIII e suas seis mulheres, Papa João Paulo II, Airton Senna, Sarah Michele Gellar, Elton John, Antony Hopkins, Ghandi, Arnold Schwarzenegger, Hugh Grant, Fidel Castro, Napoleão Bonaparte, Pelé, Marilyn Monroe, e claro, a família real inglesa, com a rainha Elizabeth e a princesa Diana, além de centenas de outras personalidades famosas. E mais importante o Brad Pitt, na minha opinião um pouco rosado demais….E de seguida passar directamente para o planetário mesmo ao lado e ver as estrelas…
Logo em frente ao Royal Albert Hall fica o famoso Hyde Park, um óptimo parque para caminhar, andar de bicicleta ou descansar um pouco às margens do lago Serpentine. Não deixar de ver o curioso local conhecido como Speaker's Corner, onde por lei, quem quiser falar mal da família real não pode fazê-lo pisando em solo inglês, e precisa trazer um banquinho ou escada para subir. Em cima desse apoio, como tecnicamente não estará mais pisando em solo, mas só ao domingo.
The Royal Guard (Guarda Real) é o regimento mais conhecido do exército inglês, devido ao famoso uniforme composto de jaquetão vermelho e chapéu de veludo preto. Esta unidade é responsável pela guarda dos palácios de Buckingham, Saint James e castelo de Windsor, todas residências oficiais da família real. O melhor momento para vê-los em acção é durante a tradicional troca da guarda, evento que se tornou uma concorrida atracção turística. Ela ocorre quase todos os dias às 10:30 horas, em frente ao Palácio de Buckingham. Durante a cerimónia, um regimento chega marchando, assume a guarda do palácio, e o regimento anterior vai embora também marchando, ambos precedidos por bandas militares. A cerimónia dura cerca de 30 minutos e, para se ver algo, é essencial chegar bem cedo porque o local fica superlotado de turistas e não só.
Quem gosta de compras vai encontrar um paraíso em Londres. Apesar da alta cotação da moeda inglesa, procurando bem é possível encontrar artigos interessantes e de bom preço. A principal área comercial da cidade fica próxima às ruas Oxford, Regent e Picadilly, na região conhecida como West End. O centro nervoso desta região é Oxford Circus, onde estão algumas das mais tradicionais e elegantes lojas, como Liberty, Fortnum & Mason, Selfridges, Debenhams, interessantes de visitar, mas com preços pouco recomendáveis, melhor dizendo muito giro para ver mas não para o meu bolso. Não deixar de visitar também a Hamley´s, considerada a maior loja de brinquedos do mundo, a eterna criança que tenho em mim sentiu-se em casa. Um pouco mais adiante fica o Picaddily Circus, outro ponto nevrálgico da cidade, rodeado de grandes painéis coloridos por luzes néon, dezenas de lojas e muita gente jovem reunida em torno da estátua de Eros. A poucos passos fica o conhecido shopping Trocadero Center.
E depois falta muto mais que a memória me falha o big ben, london tower, london deungeon, os pubs, nothing hill, o harrod´s só para ver, naturalmente, london bridgen, st paul cathedreal muito importante ver o musical Cats no sitio certo.
A comida… enfim viva o fast food.
Na margem sul do rio Thames está uma das melhores atracções da cidade, o London Aquarium, um dos maiores do mundo. Depois da visita, o meu melhor conselho é caminhar ao longo do rio depois sentar, apreciar a vista e a cidade. Este é o ponto ideal para aguardar pelas badaladas mais pontuais do mundo, e acertar o relógio ao som da música famosa do big ben.
Londres mora no meu coração e quando chega a hora da despedida é sempre um momento difícil… já lá vão 6 anos.

1 comentário:

fairybondage disse...

Queres voltar?
Eu quero ir...
Procurar a Londres
que conheço
em sonhos
antigos...

Queres voltar?
Eu vou contigo...

mil beijinhos