terça-feira, 29 de abril de 2008

Londres.
Já não vou à muito tempo, tento descrever o que me lembro…

Londres é uma cidade única. Bem, na verdade toda cidade é única. A diferença é que esta é uma cidade onde o inovador e o ousado caminham na mesma calçada que o tradicional e o imutável, parecem conviver em paz. Uma caminhada por Londres revela cabelos de todas as cores, roupas de todos os estilos, executivos de cartola e guarda chuva no braço, soldados vestidos como no tempo de Henrique VIII, carruagens reais, indianos, árabes, tribos punks, darks e simpáticas velhinhas que se reúnem para o chá das 5.
Londres não é uma cidade que cause amor à primeira vista. Ela é como aquela paixão que nasce aos poucos, sem se dar conta, e que de repente, quando nos apercebemos, não sai mais do pensamento. Londres não tem largas avenidas, o trânsito é terrível, e o clima não é exactamente ensolarado. Mas quem se dispuser a conhecer a cidade a fundo, vai descobrir um lugar de vida pulsante, super animado, repleto de boas atracções, e uma infinidade de programas de todos os tipos, para todos os gostos. E descobrir também que aquela história de povo frio e indiferente não passa de uma lenda.

As tradicionais construções feitas totalmente de tijolos são uma das marcas registadas da cidade, e podem ser vistas em todo lugar, com suas janelinhas e cortinas de renda branca. Em certos bairros tem-se a nítida impressão de ter voltado no tempo e estar a passear no século 19. Todo passeio em Londres deve incluir a Oxford Street, o centro do centro, coração comercial de Londres, com lojas de todo tipo, e um movimento frenético. O detalhe que a torna ainda mais especial é as filas dos tradicionais autocarros vermelhos, que vão daí para todos os pontos da cidade. As cabines telefónicas vermelhas, presentes em toda cidade, são mais uma das tradições de Londres, e é quase impossível passar em frente a uma delas sem tirar uma foto. Hoje em dia, o que mais se vê pela cidade são pessoas e seus telemóveis, mesmo assim elas continuam firmes nos seus postos. Como curiosidade, se alguém estiver a procura de companhia em Londres, bastará entrar numa destas cabines e consultar uma das dezenas de cartões que sempre forram suas paredes internas.
Londres é repleta de excelentes museus. Deve-se começar pelo British Museum, um dos mais famosos do mundo e grátis. Depois até o Imperial War Museum, onde há sempre exposições históricas, e conheçer os foguetes V1 e V2, que durante a 2a grande guerra, eram lançados na cidade pelos nazistas.
Uma trinca imperdível de museus é formada pelo Victoria & Albert Museum (tesouros, peças históricas, e exposições com objetos antigos de várias civilizações), Natural History Museum (história natural), e Science Museum (dedicado a todos os ramos da ciência e tecnologia). Os três museus são quase ao lado um do outro, e merecem um dia inteiro para visitar com calma.
E não deixar de visitar também o incrível Museu de Cera de Madame Tussaud, onde estão figuras de cera de diversas personalidades conhecidas. Elas são tão perfeitas que só faltam falar, por isso não esquecer a máquina para tirar fotos ao lado dos Beatles, Henrique VIII e suas seis mulheres, Papa João Paulo II, Airton Senna, Sarah Michele Gellar, Elton John, Antony Hopkins, Ghandi, Arnold Schwarzenegger, Hugh Grant, Fidel Castro, Napoleão Bonaparte, Pelé, Marilyn Monroe, e claro, a família real inglesa, com a rainha Elizabeth e a princesa Diana, além de centenas de outras personalidades famosas. E mais importante o Brad Pitt, na minha opinião um pouco rosado demais….E de seguida passar directamente para o planetário mesmo ao lado e ver as estrelas…
Logo em frente ao Royal Albert Hall fica o famoso Hyde Park, um óptimo parque para caminhar, andar de bicicleta ou descansar um pouco às margens do lago Serpentine. Não deixar de ver o curioso local conhecido como Speaker's Corner, onde por lei, quem quiser falar mal da família real não pode fazê-lo pisando em solo inglês, e precisa trazer um banquinho ou escada para subir. Em cima desse apoio, como tecnicamente não estará mais pisando em solo, mas só ao domingo.
The Royal Guard (Guarda Real) é o regimento mais conhecido do exército inglês, devido ao famoso uniforme composto de jaquetão vermelho e chapéu de veludo preto. Esta unidade é responsável pela guarda dos palácios de Buckingham, Saint James e castelo de Windsor, todas residências oficiais da família real. O melhor momento para vê-los em acção é durante a tradicional troca da guarda, evento que se tornou uma concorrida atracção turística. Ela ocorre quase todos os dias às 10:30 horas, em frente ao Palácio de Buckingham. Durante a cerimónia, um regimento chega marchando, assume a guarda do palácio, e o regimento anterior vai embora também marchando, ambos precedidos por bandas militares. A cerimónia dura cerca de 30 minutos e, para se ver algo, é essencial chegar bem cedo porque o local fica superlotado de turistas e não só.
Quem gosta de compras vai encontrar um paraíso em Londres. Apesar da alta cotação da moeda inglesa, procurando bem é possível encontrar artigos interessantes e de bom preço. A principal área comercial da cidade fica próxima às ruas Oxford, Regent e Picadilly, na região conhecida como West End. O centro nervoso desta região é Oxford Circus, onde estão algumas das mais tradicionais e elegantes lojas, como Liberty, Fortnum & Mason, Selfridges, Debenhams, interessantes de visitar, mas com preços pouco recomendáveis, melhor dizendo muito giro para ver mas não para o meu bolso. Não deixar de visitar também a Hamley´s, considerada a maior loja de brinquedos do mundo, a eterna criança que tenho em mim sentiu-se em casa. Um pouco mais adiante fica o Picaddily Circus, outro ponto nevrálgico da cidade, rodeado de grandes painéis coloridos por luzes néon, dezenas de lojas e muita gente jovem reunida em torno da estátua de Eros. A poucos passos fica o conhecido shopping Trocadero Center.
E depois falta muto mais que a memória me falha o big ben, london tower, london deungeon, os pubs, nothing hill, o harrod´s só para ver, naturalmente, london bridgen, st paul cathedreal muito importante ver o musical Cats no sitio certo.
A comida… enfim viva o fast food.
Na margem sul do rio Thames está uma das melhores atracções da cidade, o London Aquarium, um dos maiores do mundo. Depois da visita, o meu melhor conselho é caminhar ao longo do rio depois sentar, apreciar a vista e a cidade. Este é o ponto ideal para aguardar pelas badaladas mais pontuais do mundo, e acertar o relógio ao som da música famosa do big ben.
Londres mora no meu coração e quando chega a hora da despedida é sempre um momento difícil… já lá vão 6 anos.
Lanzarote, a terra negra.

Lanzarote é um daqueles lugares que tinha todas as condições para não ter nada. Vista do ar, a oriental ilha do arquipélago das Canárias assusta pela aspereza do ocre, aqui e ali ocultado por manchas brancas ou, mais raramente, verdes, que nos levam a presumir que uma parte do deserto foi roubada a África pelas correntes do Atlântico. Mas o que é que se podia pedir a um pedaço de terra moldado pela caminhada do magma na sua arrepiante ânsia de liberdade? Nada! Ou talvez um homem, que soubesse amar a natureza, ainda que bruta, e esculpisse nela a beleza necessária para que ao primeiro olhar mais atento, o viajante se apaixonasse.

Há dois nomes a decorar quando se chega a Lanzarote: Timanfaya, o desajeitado vulcão que hoje se deleita, adormecido, deixando-se observar pelos milhares de turistas que lhe gabam a grandeza e se calam perante o seu historial de destruição; e Manrique, um artista que foi César no nome e na forma como conseguiu emprestar à sua terra natal um ar de museu vivo. O primeiro impôs à população uma cultura e um estilo de vida. Ao segundo, deve a ilha um conceito - Arte-Natureza/Natureza-Arte - e a clarividência com que hoje preserva essa cultura, fazendo dela a maior riqueza destas paragens.

Com uma extensão semelhante à da Madeira, Lanzarote oferece-se fácil ao viajante desejoso de lhe conhecer o rosto para lá do cosmopolitismo da capital, Arrecife e o do muro de hotéis embasbacados sobre a água entre Puerto del Carmen, a sul, e Costa Teguise, alguns quilómetros a norte.
O Parque Nacional de Timanfaya é o melhor sítio para acabar com o debate, herege, sobre a existência ou não do Inferno. Entre os não crentes, quem não se calaria se visse diante dos olhos o próprio demónio, ainda que convertido em símbolo desta área protegida que foi classificada em 1974. O último refúgio do anjo caído, hoje o principal ponto de atracção da ilha é uma reserva de duzentos quilómetros quadrados que resguarda um cenário inóspito, polvilhado por mais de uma centena de vulcões aparentemente adormecidos, depois de milénios em que se entretiveram a modelar este pedaço de terra.

Para ver de perto as Montanhas de Fogo, onde reina Timanfaya, é preciso pedir boleia a um dromedário ou, para uma viagem mais longa, apanhar o autocarro que durante catorze quilómetros leva os olhos ao reencontro com o que seria o rosto do mundo há milhões de anos. Árido, entregue ao vento, o espaço à nossa volta deixa-nos encolhidos perante a solidão lunar desta paisagem onde praticamente só pequenos líquenes conseguem desfazer a verde a monotonia dos vários tons de ocre. Árvores? Só meia dúzia de figueiras. Animais? Só répteis, regalados, e algumas aves, que olham a tristeza em baixo com desdém, como se soubessem que a terra não tem nada para lhes dar.

Cada curva desenhada pela “guagua” nesta rota dos vulcões é um golpe na memória que temos do mundo. E só deixamos de acreditar que o abandonamos quando a voz, na cassete que se vai escutando, nos apresenta o vale da Tranquilidade, um paraíso interior onde as cinzas deram uma oportunidade à vida, que vinga, silenciosa. Mas o silêncio é enganador. Por debaixo dos rios de lava negra e seca, cujas arestas imprecisas mostram que mal tiveram tempo de se afeiçoar ao chão, a terra descansa, à espera de uma nova oportunidade para mostrar violentamente as suas entranhas. O Inferno não existe? E se souber que a menos de dez metros do chão que pisa, as temperaturas chegam aos 600 graus...
Dificilmente haverá um território no mundo cujo poder de atracção dependa tanto de um só homem. Tomando o lugar da lava, César Manrique deixou escorrer todo o seu talento ilha fora e um quarto de século bastou para que as erupções de criatividade deste ecologista, arquitecto, urbanista, pintor e escultor igualassem a capacidade transformadora de Timanfaya. Mas acima de tudo, a ele se deve a consciência que os habitantes de Lanzarote, classe política incluída, têm hoje da importância da preservação do património local, tenha este o dedo do magma incandescente, ou a marca do homem conquistador.
Foi graças a este pintor, escultor, arquitecto, paisagista e urbanista que a ilha se manteve à margem das grandes correntes de desenvolvimento dos anos 70. Percursor do conceito de desenvolvimento sustentado, um princípio que pondera a salvaguarda das potencialidades naturais e culturais com a evolução económica, Manrique impulsionou os sete principais centros turísticos da ilha.

Uma das suas primeiras obras foi a reconversão da gruta dos Jameos del Agua num autêntico centro de arte, cultura e turismo. Num labiríntico conjunto de galerias subterrâneas foi criado um auditório natural, um bar--restaurante, uma pista de dança, túneis de circulação, escadas, salas e até um núcleo de investigação e divulgação do fenómeno vulcânico, denominado a Casa dos Vulcões. Tudo isto devidamente conciliado com o habitat natural das espécies vegetais subterrâneas. E não só. Num dos lagos dos Jameos vive um crustáceo, uma espécie antiquíssima, que perdeu a cor e a visão ao adaptar-se, durante milénios, aos obscuros labirintos das grutas.
Manrique aproveitou a configuração das grutas e as suas excelentes condições acústicas, para criar um auditório, com capacidade para 600 pessoas, onde têm lugar vários concertos e espectáculos de dança. A gruta pode ser visitada de noite revelando-se, aí, todo o excelente trabalho de concepção luminotécnica que nos remete para um mundo assombroso e fantástico.

Os Jameos del Agua, na zona Norte da ilha, confinam com a Cueva de los Verdes apesar de a ligação sub terrânea estar interdita. Respeitando a imponência do lugar, o arquitecto introduziu-lhe, tal como nos Jameos, um universo de cor, reflexos e luzes e um belíssimo pequeno auditório. As formas caprichosas, delineadas pelos vulcões, foram refinadas pelo apuro estético de Manrique.








Igualmente espantosa é a estratégia de plantação da vinha, uma malvasia (vinho branco, muito floral, um pouco adocicado e de alto grau alcoólico) que já ganhou vários prémios. Neste caso, tal como acontece no cultivo de legumes, o campo tem de ser cuidadosamente preparado com camadas de lava, terra fértil e grão de lava triturada sobrepostas. As ramagens são arqueadas para que a humidade nocturna e o orvalho libertado pelas próprias plantas pingue sobre a lava. Esta deixa passar o orvalho até à terra fértil, protegendo-a, ao mesmo tempo, dos ventos. A defesa face aos ventos é sempre reforçada com muros.
Se dúvidas ainda restassem para conhecer Lanzarote, a última, mas não menos importante, cartada de argumentos recai nas praias e nas excelentes condições para a prática de windsurf, vela e outros desportos radicais. Puerto del Carmen é o centro balneário principal, com alguma vegetação tropical. A praia do Papagayo é igualmente famosa, embora menos acessível dada a ausência de estradas alcatroadas. A praia Blanca, de areia clara e águas cristalinas. Acima de tudo, a temperatura amena da ilha, ao longo de todo o ano, fazem de Lanzarote um destino a visitar sem tempo ou época marcadas. Que o diga o Prémio Nobel da Literatura, José Saramago, que a elegeu como residência permanente.

O mais importante imaginar que se está numa paisagem que só. existe naquele lugar, Lanzarote.
Foi mais uma louca viagem da dupla Marina e Carolina, Junho 2006.




segunda-feira, 3 de março de 2008

PIPA – Brasil (Fevereiro 2005) – um destino completo de prazeres


É difícil dizer quanto tempo se precisa passar em Pipa para aproveitar bem, pois aqui o tempo parece nunca ser suficiente. Pipa é um daqueles lugares onde, para quem está a passeio, o tempo tem outra dimensão: Uma semana parece um dia e um mês parece uma semana.


Em Pipa fiquei acomodada no relaxante Tibau lagoa hotel, nuns chalés amorosos, com empregados prestáveis e afáveis, conforme os dias vão passando vamos sentindo-nos em casa e em família. Apesar que nunca fiquei tão pouco tempo no hotel, todos os dias devem ser meticulosamente planeados para não se perder nada que aquela vila e arredores têm para oferecer.


1ºdia uma visita a Tibau do sul – uma vila pitoresca com pouco para oferecer, poucos mas convidativos restaurantes dois bares e gente alegre. E uma lagoa, a de guarairas de tirar a respiração…no final do dia uma experiência para a vida andar de moto 4 nas dunas de guarairas com um por do sol de tirar o fôlego à pessoa menos sensível do mundo. Melhor ainda ter me aventurado nisto com o meu pai…foi de rir…quem diria na casa dos cinquenta, mas um verdadeiro radical



2ºdia Praia, praia e mais praia..- praia da ponta do madeiro junto ao tasco pouco digno da ASAE ver onde comi uma lagosta genial de sabor e cor. O dono de restaurante o senhor bacalhau, como gosta de ser chamado, famoso nas redondezas, gosta de falar, rir e partilhar. Depois um passei até à baia dos golfinhos um paraíso dos surfistas, onde aparecem golfinhos que eu só vi na minha imaginação, praia do amor, em forma de coração, praia de pipa com uma agua cristalina e calma…ou seja uma infinidade delas todas diferentes apenas distanciadas por metros uma das outras todas com características diferentes.



3ºdia Barra do cunhau a sul de pipa, passa-se dezenas de fazendas de camarão, bem cuidadas, onde se diz que se pode fazer fortuna. Passando uma hora estamos no nosso destino um lugar quase virgem onde já se imagina fazer grandes investimentos e empreendimentos. Praias que se anda horas até ver o mar, parece um deserto misturados com zonas pantanosas ande se faz a apanha do caranguejo. Naquela praia no meio do nada de repente aparecem homens com os seus carrinhos ambulantes vendendo tudo. O melhor beber hula-hula( bebida com cachaça dentro de um ananás) e queijo na brasa, uma delicia dos deuses, que sabe melhor que caviar de preferência mergulhados naquele mar turquesa. Um dia pleno, um recheio para os sentidos.


4ºdia- uma viagem ao interior do Brasil- o Brasil é conhecido pelas praias, samba e caipirinhas, mas descobri algo melhor as paisagens nordestinas e as pessoas. Passamos o dia por fazendas do interior passeios pela flora e fauna, provando o que a natureza nos deu directamente da natureza. Carambola, manga, jaca, acerola, maracujá….aprendei sobre o poder das plantas. Visitei uma fazenda, qual sinhá moça, saída de uma novela com um alpendre onde uma pessoa pensa “Aqui eu seria feliz”, com cavalos, cabeça de gado e peões…
mas melhor que a vida dos ricos foi ir a uma casa típica feita de argila onde mora a senhora com os olhos mais meigos e sorriso fácil que tem o orgulho de mostrar aos turistas o seu mundo, a sua vida, família o seu café…o café de caco moído por ela e passado por ela..o melhor. A minha mãe gostou tanto da senhora que não ficou bem enquanto não demos uma mão à senhora demos mais ou menos 20 euros, uma fortuna para eles, para nós já vale pouco…devia ter visto a cara dela, o agradecimento daqueles olhos, mas para ela não chegou viemos carregados de café, fruta e felicidade. Ela não percebeu que recebemos mais do que demos. Um dia pleno finalizado com umas caipirinhas shops e ostras a ver o por do sol em tibau…um dia perfeito..e claro um mergulho na piscina.



5ºdia Natal – uma cidade de contrastes, considerada a cidade com melhor qualidade de vida do Brasil. É estranho ver arranha céus fabulosos em frente à praia e hotéis de luxo lado a lado com favelas e ruas sombrias. Uma caminhada por Ponta Negra é um passeio agradável, basta seguir pela Avenida Erivan França, que começa junto ao Morro do Careca – um dos marcos mais conhecidos de Natal – e segue ao longo do litoral, passando por diversos restaurantes, barzinhos e hotéis. É possível ir de Ponta Negra ao centro da cidade pelo litoral, seguindo a avenida Via Costeira ou então por dentro, pelas avenidas Salgado Filho e Prudente de Moraes. Estas são as duas principais artérias da cidade, e por aqui estão localizados os grandes centros comerciais e maiores lojas. E realmente a melhor coisa de Natal são as compras, mais barato que em pipa, mais variado Alias é uma loucura as compras no brasil, parece tudo atractivo, mas o melhor pedras semi preciosas ao preço da chuva no shopping artesanal de Natal. Mas apesar de mais caro sabe melhor fazeres compras em pipa aquelas ruas, o cheiro a mar e a musica sempre presente o forró em todas as esquinas..no final só pensava ainda bem que fiquei instalada em pipa.



6º dia de buggie até Natal- andar de buggie só por si é uma aventura, mas esta viagem tem várias aventuras desde skibunda, aerobunda, minha versão preferida, camelos, cajueiro gigantes, praias, areia, dunas, balsas, mergulhos, jangadas onde entramos de buggie e vamos a flutuar pelo rio…muito estranho. O Maior Cajueiro do Mundo, em Pirangi. Falando assim pode parecer pouca coisa, somente mais uma árvore qualquer, mas ao chegar lá é impossível não ficar impressionado com este fenómeno da natureza. É uma árvore que cobre uma área de 8.400 m2, ou seja, maior que um campo de futebol. Anda-se pelo meio daquela floresta, entre as raízes que entram e saem do solo, se retorcendo à sua frente, sabendo que tudo aquilo é uma árvore só. O crescimento anormal deste cajueiro plantado em 1888 deve-se a uma anomalia genética, o que fez com que, em vez de crescer ele se espalhasse lateralmente cada vez mais. Junto ao cajueiro há guias turísticos, que dão detalhes sobre esta árvore única no mundo. Não se pode deixar de subir na torre situada numa das extremidades do terreno, para ver todo o cajueiro de cima. Durante uma safra anual típica, a árvore produz aproximadamente oitenta mil cajus.
Genipabu,, é um dos lugares mais bonitos em Natal e que mais atrai turistas, graças à única combinação de imensas dunas, águas claras e mornas e lagoas cristalinas. Como o lugar não tem estradas, o passeio geralmente é feito em buggies. Os motoristas oferecem o passeio com ou sem emoção, conforme o turista prefira velocidades altas e manobras radicais, ou algo mais tranqüilo.
Esta viagem é talvez a mais completa para se absorver todas as emoçoes que o nordeste brasileiro ofereceUma opção diferente é passear por Genipabu montado em dromedários. O roteiro pelas dunas inclui ainda uma parada para apreciar a lagoa e o famoso skibunda, um tipo de surf que desliza pelas dunas até mergulhar no oceano. Outro atração é a cadeirinha suspensa por cabos - aerobunda - que mergulha na lagoa. Para aproveitar bem tudo que Genipabu oferece o ideal é passar o dia inteiro lá, sem esqueçer o protetor solar, pois fica-se o dia inteiro debaixo do sol.










Ultimo dia praia… muita praia e relaxar para voltar…
Pipa tem tudo e à noite andar de havaiana no pé pelas ruas e descobrir os encantos é a melhor opção picanha e camarão não há como lá. Deliciem-se e babem-se comi mais de dez diferentes pratos de camarão, as caipirinhas…a música, forro… espectacular até os portugueses que vivem em pipa ficam diferentes.
O melhor da viagem: ter ido com os meus pais. E esta hein… e não sou “Cafona”.. só os adoro e talvez com eles ganhei o gosto e a coragem do conhecer o desconhecido.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

O grande Caetano Veloso

...só falta te querer
te ganhar e te perder.
Falta eu acordar
ser gente grande para
poder chorar.

Me dá um beijo, então
aperta a minha mão
tolice é viver a vida, assim
sem aventura.
Deixa ser pelo coração
Se é loucura, então
Melhor não ter razão!...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Mistica Cuba (2005)
Tenho-me na conta de alguém que é, mais do que contra, totalmente avesso a regimes não democráticos, nos quais a população não tenha direito a expressar-se livremente e a escolher que rumo dar à sua vida, mas também eu já me flagrei, mais do que uma vez, a dizer que tinha de ir a Cuba antes de Fidel Castro morrer porque depois nada será igual... Uma contradição que não é só minha, e que talvez o carisma ou o inegável estoicismo do líder cubano sejam insuficientes para explicar, mas não deixa de ser algo que me incomoda, pois, por mais que a figura do “barbudo” seja hoje suavizada e até vista com uma certa galhardia por vários regimes democráticos do mundo inteiro (Portugal incluído), a verdade é que não há como negar que Fidel cometeu e continua a cometer (como o provam as ainda recentes execuções sumárias de intelectuais que se opunham ao regime, e de quem Fidel aproveitou para se livrar quando as atenções estavam viradas para o Iraque) autênticas barbaridades e atropelos aos mais elementares direitos humanos (de que nos dão conta filmes como Antes que Anoiteça, com um espantoso Javier Bardem no papel do escritor cubano Reinaldo Arenas, obrigado a exilar-se por ser homossexual assumido).










Só que… há sempre o outro lado da história, ou seja, a posição dos EUA, que mantêm até hoje um embargo desumano e que, por muitos e bons anos, fizeram de Cuba, através de dirigentes-fantoches como Batista, uma espécie de recreio balnear onde, atrás do aparente glamour, proliferavam os negócios mafiosos e a degradação das condições de vida de todos aqueles que não pertenciam à elite cubana...Enfim, seja como for, todas estas preocupações políticas tornam-se menores (não que desapareçam, pois em
muitos momentos da viagem somos confrontados com as necessidades mais básicas de uma população que, grosso modo, continua a não poder frequentar, a menos que trabalhe ali, a grande maioria dos estabelecimentos e estâncias turísticos) assim que damos de caras com um arquipélago muito bonito, embora os seus encantos estejam longe de se esgotar em locais como o Varadero (que continua a ser, inegavelmente, uma praia belíssima, com areia branca e mar turquesa, mas a que falta alma ou outras atracções para além disso), e, sobretudo, com um povo que é, sem dúvida, o seu grande trunfo, pela forma como continua a sorrir apesar de todos os reveses e de todas as limitações.

Da louca viajem a cuba, havana ficou-me definitivamente na mente como a cidade mais entusiasmante em que estive. Parecendo uma viagem aos anos 50. os carros as pessoas, os restaurantes, a musica. A cima de tudo a musica é contagiante, qualquer local é perfeito para um cha cha cha, uma rumba, delicioso.Caminhando sem pressa pela avenida beira-mar e pelas ruelas de habana vieja confere-se a riqueza arqitectónica que levou a Unesco a declarar Malecon, o bairro antigo, um património da humanidade. Cada esquina é uma lufada de história e misticismo, em qualquer rua poderá aparecer uma fortaleza, um palácio, uma igreija e nas paredes da cidade não faltam fotos e autógrafos de Fidel Castro.

As noites quentes em havana levam à vontade de passear pelas ruas, em dançar ao som da música e naturalmente experimentar as mais doces bebidas típicas do pais.
O bodeguita del médio, provavelmente o bar mais conhecido do mundo é a melhor forma de começar a noite, um lugar pequeno, recondido estranho de tão contagiante que é. Passamos horas sentados ao balcão bebendo mojitos, não fiquei muito fã e daiquiris, uma bebida de génio. Considero que foram as horas mais divertidas de toda a viagem. As pessoas são ousadas, sem serem abusadoras, sedutoras, malandras de riso fácil e viciante. O barman foi a pessoa mais louca que conhecemos, bom vivant cheio de histórias para contar, ficou uma ponta de inveja daquela louca vida. E tivemos o privilégio de entrar dentro do balcão e sentir que quase éramos cubanos e fazer histórias a assinar naquelas paredes que transpiram história. Depois existem múltiplas hipóteses para continuar a noite, mas os bares de musica ao vivo são melhor escolha.









Varadero, considero uma desilusão, se calhar não fomos numa boa altura (Novembro), ou se foi o hotel que era muito mau, mas espreva mais.
O mar era azul, a areia é branca, mas não existe mais nada além de uma avenida repleta de hotéis, todos melhores que o nosso. Valeram os golfinhos na excursão para cayo blanco. Nadar com estes animais foi mais uma concretização de um objectivo de vida, e uma pessoa não fica desiludida, afáveis, de pele macia e comunicativos.
Cayo blanco é mais uma praia de revista em pleno mar das caraíbas, com uma areia tão branca que não queima, mas repleto de turistas. Mas aquele caldo é melhor que muitos spas da tailândia.
Apesar da Varadero não ter superado as expectativas, Cuba é mundo de ofertas, que poderá ser um pais muito mais desenvolvido, mas quando isso acontecer vai perder toda a mística.









Ir a Cuba é uma experiência imperdível, seja pelo povo, pelo patrimóio natural e histórico, ou pela possibilidade de conhecer uma experiência política completamente diferente da nossa.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Para ti, Tio estejas ondes estiveres:

Hora di bai (hora do adeus)
Rompia a manhã...
...foi morrendo lentamente, numa agonia de arco-íris...
O sorriso da tua vida desmaiou e fez-se a estrela que sempre foi, que iluminou a tua vida e agora virou saudade, dos dias de felicidade, nobreza, fidelidade e espanto de uma melodia inacabada.
Partiste, numa madrugada aflita, sem dizeres adeus.
No coração guardavas a grandeza de Bach, a emoção exaltada de Beethoven, a serenidade de embalar de Shubert.
Todas as melodias nobres do teu coração de irmão, nos trabalhos, melodias música e soluços a desafiar o tempo no fim de cada missão.
E aqui fico eu numa sonolência infantil com memórias trocadas, musicas sem pauta a resgatar as boas festas que nunca te mandarei.
Nô chova (a gente fala-se)
Para o Frei Padre José Afonso Lopes, simplesmente meu tio.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008











São Tomé o paraiso na terra. Local onde vi as paisagens mais belas e as pessoas mais fascinantes, nestes meus 27 anos de existência.

Vim daquela terra com a lágrima no olho e com uma certeza voltar.
O mar, areia, as estradas, a comida, as pessoas, aqueles olhares...

Agora tentando-me lembrar daquela semana parece um filme, lembro-me de cada dia, cada hora.
Este pequeno texto, escrevi-o dois após a vinda de São Tomé, uma tentativa de descrever por palavras o que os olhos e o paladar sentiram.
"E São Tomé ficarará para sempre na nossa memória…

Esta é uma terra de gente que espera, seja por melhores dias, e alguns suspiram mesmo por dias que passaram onde tinhas estradas, escolas, hospitais e em que sabiam pelo menos o seu papel numa sociedade que não era igualitária, mas que passou que também não o deixou de ser, antes pela cor da pele, agora por quem sabe gerir os seus interesses e que se aproveita de todas as fontes externas de dinheiro sem o canalizar para o que é preciso. Há aqui pessoas que não têm energia eléctrica à mais de 30 anos. Fome não existe pois basta estender a mão e fruta, peixe caem sem esforço no prato. Ao menos isso. Numa Africa tão afectada pela fome, pelo menos aqui esse não é o problema, mas… Leve leve..

No dia 15 de Março de 2006 tivemos um almoço na Roça de D. João dos Angolares, para podermos ter a oportunidade de privar e provar a cozinha de São Tomé pelas mãos de João Carlos Silva. Foi no mínimo extraordinário, gustativamente e intelectualmente fantástico, estas três horas que levou o almoço e a conversa com o João levou-nos noutra viagem, pelos sabores e pelas palavra. Lusófono convicto partilha connosco as suas ideias de futuro, do passado fala-se com saudade da prosperidade mas não do domínio português. Pessoa de palavras fugazes ao inicio e de a custo se vão libertando quem sabe de um receio de libertar a espectacularidade da sua personalidade, deixa os seus pratos servidos por ele próprio falarem por si. Divino. No final, sentou-se à mesa connosco e falamos, de tudo um pouco, mas mais do futuro de São Tomé, o desejado e o esperado. A calma e passividade neste país não durarão muito, com o dinheiro brutal da exploração de petróleo a partir de 2007 trarão certamente mudanças, quais não se sabe, esperemos que sejam feitas em paz. Ficamos ansiosos por novos projectos seus, podendo contar connosco, são mais 3 pares de mãos prontos para a labuta.

Independentemente do seu futuro, São Tomé ficará para sempre na nossa memória como uma terra de abundância de tudo, generosidade, acolhimento e tudo o mais que podem e devem fazer deste país um paraíso para as pessoas que nele vivem e não somente para quem o visita.
Levamos daqui muito mais do que trouxemos, por isso mesmo, obrigado São Tomé, obrigado.
Sentimos uma necessidade enorme de exprimir 1 pouco tudo o que sentimos nessa terra em esecial, por si. Sentimo-nos em casa e uma vontade de trabalhar de dar mais de nós a uma terra e gente que merece, e que merece uma oportunidade. "
Isto é apenas uma amostra de uma terra de oportunidades, mas claro que a viagem foi especial por poder partilha-la bcom duas amigas unicas na vida Carla e Carolina, espero poder partilhar mais voos com vocês..